Fonte:
Google
Simone Azevedo, professora
do 2º ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede municipal de ensino de
Indaiatuba propõe o uso de um aplicativo para seu aluno Pedro, deficiente
visual, nas aulas de matemática.
Segundo Simone, desde que soube
da existência do MiniMatecaVOx, um aplicativo que realiza atividades
elementares de matemática, como somatória, divisão e subtração a partir de
comando de voz, ela começou a acreditar que poderia auxiliar de forma mais
efetiva o seu único aluno com deficiência visual. “O Pedro sempre teve mais dificuldade
em matemática do que nas outras disciplinas. Fazer com que ele aprenda conteúdos dessa matéria tem
sido uma tarefa particularmente difícil para mim”, explica a professora.
O aplicativo MiniMateca foi desenvolvido como parte da
pesquisa de mestrado do tecnólogo Henderson Tavares junto ao programa de
Pós-Graduação da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação, da Unicamp.
Segundo Tavares, “as atividades do aplicativo
foram elaboradas utilizando vozes humanas, incluindo a de crianças na mesma
idade, com o intuito de tornar a experiência do deficiente visual mais
agradável e motivadora”. E foi justamente essa característica que encantou a
professora Simone.
“Quando procurei pelo Henderson e ele me
contou, de modo geral, sobre o funcionamento do aplicativo, fiquei fascinada
com a facilidade e proximidade com a realidade do aluno”, aponta a professora.
O MiniMatecVox é de uso gratuito. Para ter
acesso a ele, basta entrar em contato com a Unicamp, encaminhar um e-mail
diretamente para o tecnólogo brasileiro Handerson[1]
ou acessar a funpage Softonic no
facebook.
Ainda sobre a experiência da professora
Simone, é importante destacar que ela utiliza o aplicativo como um recurso
complementar durante as aulas, tendo em vista que o aluno Pedro consiga
realizar a mesma atividade proposta no livro didático utilizado todos os alunos
da turma. Quando o conteúdo trabalhado pela professora são os problemas de
adição, por exemplo, ela se preocupa em já analisar previamente as atividades
propostas pelo aplicativo para selecionar uma que esteja em consonância com sua
intencionalidade de ensino naquele momento. Assim que cada criança inicia sua
atividade, Pedro dá os comandos para o aplicativo.
“Atualmente, o Pedro está usando o
aplicativo a partir de um Tablet que foi comprado pela escola, mas no início,
quando comecei a fazer alguns testes, eu emprestava o meu próprio Tablet para
ele”, diz Simone.
São raras as pesquisas que apontam
recursos para serem utilizados com alunos da Educação Básica. Grande parte das
pesquisas realizadas com foco na aprendizagem de alunos com deficiência visual
está voltada para o contexto dos alunos do Ensino Superior, mas a experiência
da professora Simone nos mostra que é possível sim, com muito empenho e
planejamento, buscarmos boas oportunidades para que os alunos com necessidades
especiais tenham, gradativamente, a mesma oportunidade escolar que os alunos
ditos normais.
Por Ana Elisa Cronéis Zambon, 1670507
Polo – Indaiatuba
[1]
henderson.tavares@gmail.com

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