Fonte:playtable.com.br
O corpo docente,liderado
pela pedagoga Maria Clara Gonçalves,da escola Leonor Fernandes da Silva,da
cidade de Salto,interior de São Paulo,preocupados com a inclusão de alunos com
necessidades especiais,desde 2011vem realizando um trabalho que envolve
tecnologia à serviço do desenvolvimento e aprendizado. “Segundo dados do
Movimento Todos pela Educação,que consta no Censo da Educação Básica relativo ao ano de 2016,temos
apenas 3% de alunos com alguma deficiência entre o 1º e o 5º ano. Esse
percentual cai para 2% nos últimos anos do ensino fundamental e 0,9% no ensino
médio.Em 2015 o ensino superior contava com apenas 0,5%.Em 2011 quando
começamos esse trabalho era ainda pior”,segundo relata a pedagoga.
E foi pensando justamente nisso que
aliado ao fascínio das crianças pela tecnologia desenvolveram aulas para alunos
de inclusão com o Play Table,uma mesa digital que envolve dinâmica ,atrai as
crianças que aprendem brincando e ainda contém aplicativos relacionados as
disciplinas tradicionais.Atende à crianças com ,por exemplo,autismo e síndrome
de down. Sensível não apenas ao toque das
mãos do aluno,mas também a outros objetos,tais como:pincel,lápis feltro,etc.
Segundo a pedagoga,é possível elaborar
atividades para o desenvolvimento cognitivo,aprendizagem,além de ensinar valores,aquisição
de regras e autonomia.Evidente que não é um trabalho tão simples.É necessário
antes de tudo ter um conhecimento prévio da criança,fazer com que a escola
adapte-se à criança,mesclar pedagogia e tecnologia e adaptar os recursos
disponíveis a metodologia.
O Play Table é apenas um dos recursos
usados pelos profissionais da escola. A instituição dispõe ainda de
computadores adaptados para pessoas com problemas de mobilidade nos
membros,tais como os que possuem comandos para os pés. Softwares que possuem
reconhecimento de voz,lupa digital para quem possui limitação
visual,Dosvox,etc..
Fica
a pergunta.É possível elaborar tal trabalho em todas as escolas?Talvez o maior
entrave não seja necessariamente os recursos disponíveis,apesar de sabermos que
o investimento por parte do poder público seja insuficiente.A falta de
profissionais capacitados é uma problemática.Por vezes há estrutura mas falta
mão de obra qualificada. Analisando os números fornecidos pelo Movimento Todos
pela Educação nos confrontamos com cerca
de 27 milhões de pessoas no Brasil que necessitam de atendimento especial ou
cerca de 14,5% da população.
A
filosofia dessa escola ao enfatizar esse trabalho é , além do desenvolvimento
dessas pessoas inserir esse grande público de forma mais participativa na
sociedade.Vendo os números muitos devem se perguntar:”onde estão todas essas
pessoas que durante toda a estadia
na escola não as
encontrei?Simples:estavam recolhidas por falta de oportunidade frequentar
instituições capacitadas para recebê-los.
Por Wagner Navarro Soares,RU 1793900
Polo – Indaiatuba
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