O uso de aplicativos de celular para inclusão de alunos com deficiências auditivas


A novas tecnologias trouxeram inovações gigantescas para todos os públicos e em especial aquelas com alguma deficiência, se tornou uma plataforma de inclusão e independência.
Softwares são criados no intuito de facilitar a vida de pessoas com necessidades especiais, versando adaptabilidade e personalizando cada individuo no contexto social, seja na escola, no trabalho e nas realizações pessoais.
Essa autonomia via de regra de forma eficiente impacta fortemente na autoestima e socialização do individuo, que começa a se interessar pelo aprendizado, interagir com colegas se sentir parte do contexto social.
Segundo Schirmer et al. (2007, P.31, grifo do original)

Fazer tecnologia assistiva na escola é buscar, com criatividade, uma alternativa para que o aluno realize o que deseja ou precisa.
É encontrar uma estratégia para que ele possa fazer de outro jeito. É valorizar o seu jeito de fazer e aumentar suas capacidades de ação e interação a partir de suas habilidades. É conhecer e criar novas alternativas para a comunicação, escrita, mobilidade, leitura, brincadeiras, artes, utilização de materiais escolares e pedagógicos, exploração e produção de temas através do computador, etc. É envolver o aluno ativamente, desfiando-se a experimentar e conhecer, permitindo que construa individual e coletivamente novos conhecimentos. è retirar do aluno o papel de expectador e atribuir-lhe a função de ator.

A inclusão de alunos com deficiências auditivas é uma realidade nas escolas,  graças a lei de acessibilidade (LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015- ART.27),  que tem  assegurado o direito a educação e uma equipe multidisciplinar no amparo e trato do assunto. A presença de um professor interprete de LIBRAS, enfatiza,  facilita e desenvolve  acessibilidade, infelizmente não é uma disponibilidade presente em todas as realidades escolar. Como poderia ser feita a inclusão desses alunos sem a necessidade constante de um interprete? A tecnologia tem a resposta.
Foi desenvolvido em Alagoas um aplicativo para dispositivos móveis, como celulares e tablets totalmente gratuito, seu nome é Hand Talk (mãos que falam) e com esse aplicativo e possível traduzir textos, áudios e imagens para a Língua Brasileira de sinais com apenas alguns cliques. É como carregar um interprete de LIBRAS no bolso.
O celular é parte itinerante do cotidiano e realidade da maioria dos alunos de escolas da rede pública e da rede particular de ensino, fazer com que o aparelho se torne um aliado pode gerar inúmeros benefícios no ensino aprendizagem e em conjunto desse aplicativo, os alunos com deficiências auditivas podem se aproximar dos colegas de classe, fazer a tradução do material didático permitindo uma interação mais ativa nas aulas.
Outro benefício que pode ser encontrado na utilização do aplicativo é o despertar do interesse dos demais alunos pela língua de sinais. Com a instalação do aplicativo em seus aparelhos android, esses alunos podem ter acesso ao mundo novo de linguagem, reconhecendo o valor da comunidade surda e passando o assunto para seus familiares e assim para a comunidade, desmistificando a sombria segregação social.
 Os professores por sua vez podem usar a ferramenta não só como auxilio nas aulas mas também como uma introdução ao assunto de inclusão nas escolas, promovendo a conscientização nas salas de aula, na comunidade escolar, mostrando os inúmeros leques de possibilidades de inclusão existentes e o auxílio que a tecnologia pode dar para que isso ocorra, colocando-a em uma posição de aliada e não de obstáculo como é vista na maioria das vezes.
 Os obstáculos que podem surgir dentro dessa cadeia de informações e facilidades é a dispersão para as redes, tirando o foco principal que é o conhecimento técnico da sala de aula.

Manzini, E. J (Org). Inclusão e acessibilidade. Marília: ABPEE, 2006

Iara Campos  RU 1383850
Maura Sandra Gonçalves Dias de Ramos RU 351146

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